26 de mai. de 2011

Ouro Preto, tesouro de Minas Gerais


As cidades históricas de Minas Gerais são um roteiro bem conhecido dos viajantes brasileiros, e com toda a razão. São cidades que mantêm vivas as lembranças de uma época que marcou a identidade do país e influenciou importantes acontecimentos nas metrópoles europeias.

Ouro Preto pode ser considerada a mais importante dessas cidades, graças à descoberta de ouro no final do século XVII. Fundada em 1711 com o nome de Vila Rica, já em 1720 se tornou capital da nova capitania de Minas Gerais e foi capital do estado até 1897. Em 1980, tornou-se a primeira cidade brasileira a ser declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO.

Situada 1.180m acima do nível do mar, Ouro Preto pode ser realmente fria no inverno. Estivemos lá no mês de maio de 2005, e mesmo nessa época o friozinho estava uma delícia. Nos hospedamos na pousada Chalet do Carmo, uma linda casa colonial bem perto do Museu da Inconfidência. Da mesa do café da manhã se tem uma magnífica vista dos vales e montes da cidade.

Pousada Chalet do Carmo

O acervo arquitetônico de Ouro Preto é praticamente infindável. A maior parte da cidade mantém o seu aspecto original, com ruas de calçamento irregular e casario colonial. Suas dezenas de igrejas são recheadas de ouro e o Museu da Inconfidência abriga uma vasta e importante coleção histórica.

Museu da Inconfidência


Apesar de tantas atrações individuais, é o conjunto da cidade o seu principal encanto. Andar pelas ladeiras curtindo sua arquitetura, tomar um cappuccino em um dos inúmeros cafés e jantar num aconchegante restaurante são experiências que enchem a alma de satisfação. Mas a mais tradicional das bebidas mineiras sem dúvida é a cachaça. É possível encontrar centenas de rótulos diferentes, um paraíso para os apreciadores.

Vista do centro de Ouro Preto

Detalhes das ladeiras de Ouro Preto







Algumas igrejas de Ouro Preto




Igreja São Francisco de Assis: a mais famosa de Ouro Preto, um dos exemplares mais magníficos do barroco mineiro. Sua construção foi iniciada em 1766. É considerada obra-prima de Aleijadinho, responsável pelo risco geral do prédio, portada, tribuna do altar-mor, altares laterais e capela-mor. São também suas as esculturas da portada e dos púlpitos. Mestre Ataíde conferiu excelência artística ao teto, representando a assunção de Nossa Senhora. A arquitetura desta igreja tem inspiração militar.

Nossa Senhora do Rosário: é um raro exemplar do barroco mineiro, com sua fachada circular e por isso singular. Sua construção, iniciada em 1785, substituiu primitiva capela. Em contraste com o aspecto externo, o interior é bem singelo, com evocação de santos negros. A tradição aponta a escultura de Santa Helena como sendo de Aleijadinho e as imagens de Santo Antônio e São Benedito atribuídas a seu irmão, padre Félix.


Nossa Senhora do Carmo: o projeto é de Manoel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho, e sua construção foi entre 1766 e 1772. Era frequentada pela aristocracia de Vila Rica. Também participaram de sua ornamentação Aleijadinho, Manoel da Costa Ataíde, entre outros artistas de renome.


Nossa Senhora das Mercês (de cima): igreja construída entre 1771 e 1793. A torre central foi projeto de Manuel Francisco de Araújo.


4 comentários:

Lais Alves disse...

Adoro Ouro Preto, se pudesse ia lá todos os finais de semana!! Lugar incrível!!

Flávio disse...

Oi, Lais. Obrigado pela visita. Você mora perto de Ouro Preto? Coloquei uma enquete no blog, aguardo o seu voto!

Naiara disse...

Moro em ouro preto e te digo: Muito bom de se viver quando se gosta de cidades pequenas. mas melhor mesmo é ser turista! minha cota desta cidade está acabando oq ue é uma pena, mas valeu as recordações!

caso queira ver algumas outras fotos da cidade de eventos recentes: http://sonhosloucuraerealidade.blogspot.com/

Flávio disse...

Muito legal seu blog, Naiara!

Toda cidade se apresenta de forma diferente a quem a experimenta. Ser turista é totalmente diferente de ser morador: sem obrigações, sem pressão, sem compromisso. Mas uma coisa que vale pra quase todo mundo é que geralmente não temos tempo para admirar o lugar em que moramos.

Dito isso, concordo com você: cidades pequenas, no Brasil, não costumam ter uma infraestrutura satisfatória, principalmente na área cultural.